Profa Dra Miriam Pillar Grossi
  • À Daiane Muniz – e a todas as mulheres que não sabem ver

    Publicado em 02/05/2024 às 16:10

    foto: ge MS 18/07/23

    Que o futebol é hoje no Brasil uma das mais importantes arenas para debates antirracistas e antimachistas, sabemos. Que uma parte significativa da mídia esportiva brasileira tem tentado mudar as práticas misóginas, homofóbicas e racistas, também sabemos. Mas o caminho ainda é longo para vermos o futebol como o espaço inclusivo e igualitário que desejamos. E isso lamentavelmente vimos na recente manifestação misógina do treinador Ramón Díaz contra uma “senhorita” árbitra do Video Assistant Referee, o chamado VAR. Disse Ramón Díaz:

    “Com respeito aos árbitros, não podemos falar muito. Na última partida, o VAR foi uma senhorita, uma mulher, e foi pênalti. Me parece complicado que no VAR quem tenha que decidir seja uma mulher. Porque o futebol é tão dinâmico, com ações tão rápidas.”

    Para Ramón, portanto, as mulheres não parecem ter as capacidades inatas requeridas para a função. São dotadas de um olhar mais lento, incapaz de captar as ações dinâmicas do jogo. Ora, em apenas três frases, com esta singela declaração, retornamos mais de um século ao debate dos médicos e higienistas sobre as faculdades diferenciadas de homens e mulheres, que as tornavam inaptas a algumas práticas, entre as quais as do futebol (Almeida e Rial, 2024; Almeida, 2019). 

    Noticia completa: INTC Futebol (Visualizar)

    Conheça mais da atuação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estudos do Futebol Brasileiro no site da INTC https://www.inctfutebol.com.br/


  • Por que 8 de março é o Dia Internacional das Mulheres?

    Publicado em 08/03/2024 às 9:50

    Por que 8 de março é o Dia Internacional das Mulheres?

    autora: Victoria Nogueira Rosa 08/03/2024
    valor.globo.com

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    Data foi reconhecido pela ONU em 1975

    O Dia Internacional da Mulher foi incluído no calendário brasileiro em 1975, após o reconhecimento da data pela Organização das Nações Unidas (ONU). Marcado para esta sexta-feira, o 8 de março tem objetivo de conscientizar sobre a importância dos direitos femininos.

    A escolha do dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher está ligada a uma série de acontecimentos. Entre eles, a falsa história de um incêndio ocorrido em uma fábrica têxtil de Nova York, em 8 de março de 1857. A tragédia teria matado 129 operárias carbonizadas.

    Outro episódio, comumente associado ao reconhecimento do 8 de março, também faz referência a um incêndio, desta vez verídico, em uma fábrica têxtil na cidade americana em 25 de março de 1911. O fato matou 146 pessoas. Dessas, 125 eram mulheres.

    Clara Maria de Oliveira Araújo, professora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), ressalta a veracidade do incêndio em 1911. No entanto, aponta que a tragédia não foi fator determinante para a criação do Dia Internacional da Mulher, embora tenha reforçado os movimentos femininos que lutavam por direitos trabalhistas.

    “Os empregadores da época implementavam uma série de medidas para manter controle sobre o processo de trabalho, muito pautado pela exploração e, também, para impedir formas de circulação e encontros dos trabalhadores. Para manter esse controle, as portas da fábrica, que funcionava em condições precárias, estavam fechadas no momento do incêndio. Como já vinha um processo de denúncias, greves e mobilizações, ele teve uma enorme repercussão”, explica a docente.

    Apesar de ter sido reconhecida pela ONU apenas na década de 70 do século passado, o Dia Internacional da Mulher foi sugerido pela primeira vez em 1910 pela feminista alemã Clara Zetkin durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca. Cerca de 100 mulheres, de 17 países, concordaram com a sugestão.

    Já a escolha do dia 8 de março tem relação com uma greve encabeçada por operárias russas, em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. O movimento contribuiu com a primeira fase da Revolução Russa.

    “A criação do dia 8 de março, na então União Soviética, está ligada ao que vamos chamar de primeira onda do movimento feminista, no final do século XIX. É um feminismo ligado às lutas operárias. Era comum que homens, mulheres e até crianças trabalhassem até 16 horas ininterruptas, e em condições insalubres, nas fábricas”, destaca Miriam Grossi, antropóloga e coordenadora do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

    Movimentos feministas

    Outras ondas feministas surgiram nos anos seguintes. A segunda, por sua vez, é lembrada pela atuação das sufragistas — que lutavam pelo direito ao voto. “O movimento sufragista, que vai se tornar global, vai se apropriar do 8 de março, que já existia, vindo da União Soviética. Essa corrente vai ser mais conhecida pela presença de mulheres brancas de elites”, aponta Grossi.

    A partir da década de 60, e sobretudo nos anos 70, cresce a onda libertária do movimento, com pautas ligadas ao direito ao corpo, aborto e sexualidade. É nesse período, e coincidindo com o reconhecimento da data pela ONU, que o 8 de março é rememorado pela primeira vez no Brasil. De lá para cá, Miriam lembra que é importante salientar que a data é de lutas.

    “Nos anos 90, o Dia Internacional da Mulher se torna ‘um pouco’ como o Dia das Mães [no Brasil]. Isto é, começou a ser apropriado como uma data de consumo. ‘Não queremos flores’ é uma das palavras de ordem que existem no país. Flores significam que está tudo bem. E não está. Nós temos feminicídios, mulheres que morrem por consequência de abortos clandestinos. Além disso, elas não ganham o mesmo salário que os homens. É importante reafirmar que o 8 de março é uma data de lutas”, disse.


  • Professora Miriam Grossi participa de novo encontro da IUAES – International Union of Anthropological and Ethnological Sciences

    Publicado em 11/12/2023 às 20:04

    Após ter participado do 19º Congresso Mundial de Antropologia da IUAES-WAU, realizado em Nova Delhi na Índia, a professora Miriam Grossi participa da organização de novo Seminário virtual IUAES, com transmissão ao vivo pelo canal do IEG/UFSC no youtube, com objetivo de divulgação de trabalhos apresentados durante o Congresso no campo de gênero e sexualidade.

    Evento contou com a participação de antropólogas e antropólogos de diversos países, e uma palestra no tema “Antropologia Feminista na Índia”, ministrada pela antropóloga indiana Nilika Mehrotra, da Jawaharlal Nehru University. Veja o encontro na integra:

     

    https://www.youtube.com/live/zq4_3E9uVqM?si=eCG9KLiG7NlWwiLM


  • Entrevista da professora Miriam Grossi para o canal “TV UFSC” disponível no youtube

    Publicado em 04/05/2023 às 19:34

    A edição do UFSC Entrevista, de 12 de abr. de 2023, traz a  professora titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Miriam Pillar Grossi para falar dos trabalhos e pesquisas que desenvolve, há mais de 30 anos, no campo da educação, violências, diversidade e gênero.

     


  • Aula da Prof. Miriam Grossi para o II Curso de Formação em Memória e Direitos Humanos 2022

    Publicado em 31/03/2023 às 14:51

    Está disponível no Youtube a aula que a Profa. Dra. Miriam Pillar Grossi deu no II Curso de Formação em Memória e Direitos Humanos.  A temática da aula é Gênero e Educação nas escolas, e contou com as Profas. Mareli Graupe (UNIPLAC)  e Olga Zigelli Garcia (UFSC) como debatedoras e a mestranda em Direito,  Mariana Goulart (UFSC) como moderadora.

     


  • “Mães cientistas, políticas e com salários iguais aos de homens (…)”, Profa. Dra. Miriam Grossi faz fala pela SBPC para o jornal “O Globo”.

    Publicado em 03/11/2022 às 10:42

    Juntamente com a Antropóloga Mirian Goldenberg, a Profa. Dra. Miriam Grossi, diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, participa em matéria para O Globo com comentário sobre a pauta de demandas na área cientifica das mulheres no futuro governo Lula.

     

    Link de acesso a matéria na íntegra: Mães cientistas, políticas e com salários iguais aos de homens: entenda demandas de mulheres priorizadas por futuro governo Lula.

    Link alternativo: Mães cientistas, políticas e com salários iguais aos de homens_ entenda demandas de mulheres priorizadas por futuro governo Lula.


  • Fala da Profa. Dra. Miriam Grossi para a IV Mostra Rosa Teatral

    Publicado em 31/10/2022 às 9:25

    A Profa. Dra. Miriam Pillar Grossi participou da Mesa Temática: “Entrelaçamentos feministas entre áreas de conhecimento”. Por problemas com a conexão de internet sua fala foi gravada e se encontra na íntegra no canal de Youtube NIGS Audiovisual

    Mais informações sobre o evento se encontram no pôster abaixo:


  • Profa. Dra. Miriam Grossi irá participar de Mesa Redonda no dia 24/10 na UFRJ.

    Publicado em 20/10/2022 às 17:24

    A Mesa Redonda é promovida em parceria pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ, juntamente do Laboratório de Filosofia e Gênero – Antígona, também da UFRJ. As informações com local e horário se encontram abaixo. 

     


  • Profa. Dra. Miriam Pillar Grossi dá conferência para a Mobilização em defesa da Ciência.

    Publicado em 12/09/2022 às 13:52

    A professora Miriam Pillar Grossi participou da “Mobilização em defesa da Ciência” na SBPC com a conferência “Gênero e Sexualidade no Brasil em 3 tempos” no dia 26 de outubro de 2021.


  • Professora Miriam Pillar Grossi aparece em matéria na seção cotidiana do SCC Meio-Dia.

    Publicado em 11/09/2022 às 21:45

    A Professora Miriam Pillar Grossi apareceu na edição do dia 09/09/2022 do jornal SCC Meio-Dia, comentando a seguinte pauta: “Mulheres são maioria da população, mas minoria em direitos”.