Depoimento da Profa. Dra. Miriam Grossi para o projeto “Aqui Tem Diversidades” da UFSC

18/08/2022 18:38

“‘Estou há quase 30 anos na UFSC. Comecei a trabalhar aqui em 1989 como bolsista de pós-doutorado (na época se chamava recém-doutor) do CNPq e em 1991 ingressei através de concurso como professora adjunta. Acompanhei, nestas 3 décadas, uma transformação radical da composição dos alunos, das prioridades da Universidade. O que aconteceu?

Quando eu cheguei aqui, a UFSC já era uma Universidade cosmopolita, com professores de muitos lugares. Nos anos 80 o então reitor, professor Caspar Erich Stemmer, incentivou muito a chegada de professores com mestrado e doutorado, e o professor Silvio Coelho dos Santos, que foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, teve um papel importante nesta proposta de acolhimento de professores estrangeiros e de outros lugares do Brasil. Veio uma leva de pessoas, um grupo significativo de ex-militantes do movimento estudantil dos anos 70, e também do movimento feminista. Esses professores, entre os quais eu me incluo, tinham um engajamento político de oposição à ditadura militar e eram também engajados nos então chamados novos movimentos sociais.

Chegamos aqui querendo transformar o mundo, e a UFSC era esse mundo para a gente. Foi nessa época que começaram também os grandes movimentos dos professores e que se consolidou uma rede de pensamento crítico dentro da Universidade. Viemos para a UFSC com a utopia de uma vida melhor, em uma cidade pequena, fora dos grandes centros urbanos brasileiros. Florianópolis era então uma cidade paradisíaca, onde se podia experimentar uma proposta de vida alternativa, com menos consumo. (…)'”

Veja na íntegra em: https://diversidades.ufsc.br/miriam-pillar-grossi/